Para quem está planejando ter filhos ou pretender ter algum dia, o exame da prolactina pode determinar suas chances de concepção.
Prolactina é um hormônio essencial tanto em mulheres quanto homens, atuando não apenas na regulação do ciclo menstrual e sexual, mas também na definição do período de amamentação. Por esse motivo, garantir a secreção de níveis hormonais adequados é fundamental na garantia de saúde e bem-estar dos indivíduos.
Sua disfunção pode ocasionar problemas na fecundação, na manutenção do sistema imunológico e na reprodução. Porém, por decorrer de causas diversas, precisa ter sua evolução acompanhada por um profissional da saúde que deverá prescrever um tratamento adequado para o seu caso.
Entenda como funciona a prolactina
A prolactina é um hormônio produzido pela glândula hipófise que fica na região inferior de nosso cérebro. Essencial durante a gestação e puerpério, sua disfunção irá afetar diretamente o eixo hipotálamo-hipofisário e todo o processo de reprodução em mulheres e homens.
Durante a gravidez é normal que os níveis de prolactina fiquem altos, embora deva ser acompanhado por um médico. Já nos períodos não gravídicos, ou seja, que não há gestação, os níveis são baixos e só surgem o suficiente para regular o eixo hipotálamo-hipofisário.
A prolactina garante a proliferação das glândulas mamárias para o aleitamento e estimula a lactação das mesmas. Em níveis normais estimula a produção de leite em gestantes e inibe a fertilidade durante o período de amamentação.
A prolactina ainda atua na preparação do corpo para a gestação, seu papel mais fundamental. Mensalmente, ela regula a liberação de um óvulo para que ocorra a fecundação. Este fica dentro do folículo ovariano, que se torna corpo lúteo após a liberação. É o corpo lúteo que será estimulado pela prolactina.
No entanto, se estiver alta, vai influenciar diretamente o eixo hipotálamo-hipofisário, inibindo a secreção dos chamados Hormônios Folículo Estimulantes (FSH) e luteinizante (LH). Estes hormônios induzem a maturação dos ovários e controlam o ciclo menstrual.
Isso acontece porque as altas concentrações de prolactina suprimem a produção de GnRG (hormônio liberador de gonadotrofina). Por isso, em caso de disfunção, pode ocorrer a inibição da secreção de FSH e até a não manutenção dos receptores de LH.
Tais fatores atuam nos ovários impedindo que ocorra a liberação de óvulos. Isso pode levar à infertilidade, impedindo que ocorra a gestação.
Causas da hiperprolactinemia
Quando há a desregulação dos níveis de prolactina no corpo, o quadro é chamado da hiperprolactinemia e pode ter causas diversas. Se o problema for fisiológico, decorre de problemas no próprio organismo que aumenta a liberação da prolactina durante o sono. Estresse, gravidez e orgasmo sexual podem alterar os níveis de prolactina.
O uso prolongado de medicamentos também é apontado como uma das causas. Especialistas indicam a conexão entre casos de hiperprolactinemia e consumo de antidepressivos, antipsicóticos, anti-hipertensivos, antieméticos e opióides.
Há ainda a influência de problemas como hipertireoidismo, doença de Addison , cirrose hepática e insuficiência renal no aumento dos níveis de prolactina fora da gestação. A hiperprolactinemia também pode acontecer após o surgimento de tumores benignos secretores de prolactina, os prolactinomas.
Sintomas de hiperprolactinemia
Justamente por decorrer de diversos fatores, a doença apresenta sintomas diferentes. Muitas vezes o tratamento acontece após o próprio paciente identificar os sinais e procurar ajuda médica.
Por esse motivo, saber identificá-los é essencial para que seja alcançado um diagnóstico eficiente e que traga resultados claros.
- Liberação de leite fora da amamentação;
- Ausência de menstruação ou irregular;
- Dores na relação sexual;
- Infertilidade;
- Perda da libido;
- Impotência sexual;
- Redução dos testículos.
Diagnóstico de alteração dos níveis de prolactina
O diagnóstico mais comum da doença acontece com a amostragem dos níveis de prolactina. Para isso é realizado um exame de sangue.
Um especialista então irá analisar os níveis do hormônio. Mulheres não grávidas devem ter valores que variam de 25 a 29 ng/mL, já os homens de 17 a 20 ng/mL. Quando maiores que 100 ng/mL, exigem acompanhamento e medicação para regulação.
E se os níveis de prolactina estiverem baixos?
Quando os níveis de prolactina estão baixos, há o chamado hipogonadismo que corresponde a um funcionamento ruim das gônadas e que pode afetar a saúde reprodutiva de homens e mulheres.
Nesses casos podem ocorrer irregularidades menstruais, atrofia mamária (redução das mamas) e perda de massa muscular. Outro ponto bastante relevante e que deve ser analisado com cuidado é a redução da libido e disfunção erétil, ambos são capazes de ocasionar infertilidade a curto e longo prazo.
Porém, é comum que isso ocorra por causas momentâneas e a simples manutenção da rotina e redução do consumo de medicamentos auxilia. Em todos os casos, analisar os níveis de prolactina é fundamental e garante bem-estar e segurança a todos.
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Quer saber mais sobre o assunto: O que é o exame de prolactina?