A saúde cardiovascular é um tema de grande importância, e a capacidade do corpo de formar e dissolver coágulos sanguíneos desempenha um papel crucial nesse contexto. Estima-se que distúrbios relacionados à coagulação, como a trombose venosa profunda (TVP) e a embolia pulmonar (EP), afetam milhões de pessoas globalmente.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a TVP e a EP, juntas, são responsáveis por mais de 3 milhões de mortes a cada ano, destacando a gravidade dessas condições. No Brasil, a situação não é menos preocupante.
Dados do Ministério da Saúde indicam que cerca de 150 mil pessoas sofrem de tromboembolismo venoso anualmente, e aproximadamente 30% dessas ocorrências evoluem para embolia pulmonar. Diante dessa realidade, o exame de Dímero D surge como uma ferramenta essencial para o diagnóstico precoce e tratamento adequado dessas condições.
O Dímero D é um fragmento de proteína presente no sangue, produzido quando um coágulo de sangue se dissolve. Quando seus níveis estão elevados, isso pode ser um sinal de que há uma formação anormal de coágulos no corpo, o que requer atenção médica imediata. Mas, em quais situações esse exame é indicado? O que exatamente ele revela? E como ele é realizado?

Dímero D
O Dímero D é um fragmento de proteína produzido quando um coágulo de sangue se dissolve no corpo. Em condições normais, o corpo forma coágulos para parar o sangramento após uma lesão e depois os dissolve.
No entanto, quando os níveis de Dímero D e estão elevados, isso pode ser um sinal de que há uma formação excessiva de coágulos, o que pode ser um indicador de condições médicas graves.
Quando é necessário fazer o exame de Dímero D?
O exame de Dímero D é indicado principalmente em situações onde há suspeita de distúrbios de coagulação.
- Trombose Venosa Profunda (TVP): Quando há suspeita de um coágulo em veias profundas, geralmente nas pernas;
- Embolia Pulmonar (EP): Quando existe a suspeita de que um coágulo de sangue tenha se deslocado até os pulmões;
- Síndrome de Disseminação Intravascular (DIC): Uma condição grave onde pequenos coágulos se formam por todo o corpo;
- Complicações de Cirurgias ou Gravidez: O exame pode ser solicitado em situações pós-operatórias ou durante a gravidez, quando há risco aumentado de trombose.
- COVID-19: Durante a pandemia, o Dímero D também tem sido utilizado para monitorar pacientes com COVID-19 grave, devido ao risco de complicações tromboembólicas.
O que o exame de Dímero D mostra?
O exame de Dímero D mede a quantidade de fragmentos de fibrina no sangue. Valores elevados podem indicar que há uma formação e dissolução anormal de coágulos no corpo.
No entanto, é importante destacar que níveis elevados de Dímero D não são específicos para uma única condição e podem estar associados a várias situações, incluindo infecções, inflamações, traumas, entre outras.
O exame de Dímero D é simples e rápido. Ele é feito por meio de uma amostra de sangue, geralmente coletada de uma veia do braço. Não é necessário jejum ou preparação especial para a coleta, e os resultados geralmente ficam prontos em poucas horas.

Sintomas que podem indicar problemas
Existem alguns sintomas que podem sugerir a necessidade de um exame de Dímero D.
- Inchaço e dor nas pernas: Sinais clássicos de trombose venosa profunda;
- Falta de ar súbita: Pode indicar uma embolia pulmonar;
- Dor no peito, principalmente ao respirar profundamente: Outro sinal potencial de embolia pulmonar;
- Aceleração dos batimentos cardíacos (taquicardia): Pode acompanhar embolia pulmonar;
- Cansaço extremo e inexplicável: Embora menos específico, pode ser um sinal de distúrbios na coagulação.
O exame de Dímero D é uma peça importante no quebra-cabeça do diagnóstico de distúrbios de coagulação, mas deve ser interpretado por um médico no contexto clínico do paciente. Se você apresenta algum dos sintomas mencionados, ou se está em uma situação de risco, consulte seu médico para avaliar a necessidade deste exame.
Lembre-se: a prevenção é sempre o melhor caminho para a saúde!
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