Com a chegada do verão, precisamos redobrar os cuidados e saber reconhecer os sintomas de dengue.
Somente neste ano, o Ministério da Saúde já registrou mais de 1,6 milhão de casos no país. Isso representa um aumento de 15,8% em relação ao ano passado.
Os números refletem a necessidade de darmos atenção ao cuidado. Divulgar informações é essencial nesses casos.
A dengue é uma doença tropical transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, um vetor conhecido por sua presença predominante em áreas tropicais e subtropicais. Comumente encontrada em regiões da América Latina, África, Ásia e Oceania, a dengue é uma preocupação global de saúde pública.
Por esse motivo, saber reconhecer os sintomas e entender como preveni-la pode ajudar a garantir a segurança de todos nós.
O que é Dengue?
A dengue é uma doença causada por quatro diferentes sorotipos do vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, da família Flaviviridae, do gênero Flavivírus. Esses sorotipos são denominados DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.
A infecção por um sorotipo confere imunidade permanente para esse tipo específico, mas apenas imunidade temporária para os outros. Ela acontece via vetorial, pela picada de fêmeas infectadas. Dessa forma, caso seja infectado por um sorotipo, não terá imunidade permanente para as demais.
A dengue, portanto, pode se apresentar de forma febril aguda, benigna ou grave. Seu pico de transmissão acontece nos meses chuvosos do ano, de novembro a maio.
Sintomas da Dengue
Os sintomas da dengue podem variar de leves a graves e, em alguns casos, levar a complicações perigosas. Os sintomas comuns incluem febre súbita, dores musculares intensas, dor de cabeça, dor nos olhos e erupção cutânea.
Em casos mais graves, a dengue evolui para a hemorrágica, caracterizada por sangramento, diminuição da contagem de plaquetas e choque. Os primeiros sinais normalmente são febre alta, acima de 38°. Contudo, dor nas articulações e atrás dos olhos também são bastante relatados por pacientes.
Diagnóstico
Para garantir um tratamento rápido e eficaz, o paciente precisará enfrentar um diagnóstico precoce. Os testes para detectar a presença do vírus incluem o teste de antígeno NS1, que identifica proteínas virais no sangue, e os testes sorológicos, que detectam a presença de anticorpos.
A confirmação laboratorial é essencial para distinguir a dengue de outras doenças febris, como a malária. Por esse motivo, é indispensável procurar auxílio hospitalar assim que suspeitar dos sintomas.
A prevenção é fundamental
Além do ônus na saúde pública, a dengue exerce um impacto significativo nas economias locais e nacionais. Os custos associados ao tratamento médico, à perda de produtividade e aos esforços de controle do vetor podem ser substanciais.
Em áreas onde a dengue é endêmica, as famílias frequentemente enfrentam dificuldades financeiras devido a despesas médicas imprevistas. Infelizmente, o combate efetivo à dengue ainda enfrenta diversos desafios, desde a adaptação do mosquito a diferentes ambientes até a necessidade de estratégias coordenadas entre governos, organizações de saúde e comunidades.
A resistência aos inseticidas e as mudanças climáticas também são fatores que podem afetar a eficácia das medidas de controle. Por isso, a prevenção da dengue concentra-se principalmente na eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti.
Medidas simples, como eliminar recipientes que acumulam água parada, instalar telas em janelas e portas, e usar repelentes, são eficazes para reduzir a proliferação do mosquito. Além disso, programas de controle de vetores e conscientização da comunidade desempenham papéis fundamentais na prevenção da disseminação da doença.
Por meio da informação, todos podemos erradicar a doença. A colaboração ativa entre governos, organizações não governamentais e cidadãos é fundamental para enfrentar esse desafio de saúde pública.
A conscientização da comunidade desempenha um papel crucial na prevenção da dengue. Educar as pessoas sobre os sintomas da doença, promover práticas de eliminação de criadouros e incentivar a busca por atendimento médico imediato são passos essenciais.
Avanços científicos e tecnológicos estão sendo aplicados no combate. Pesquisas sobre mosquitos geneticamente modificados para reduzir sua capacidade de transmitir o vírus mostram promessas. Além disso, a utilização de drones para identificar e tratar áreas propensas à reprodução do mosquito oferece uma abordagem inovadora para o controle da dengue.
A dengue continua a ser uma ameaça significativa à saúde global, exigindo ação imediata e coordenada em várias frentes. Desde a conscientização e prevenção até a pesquisa de novas abordagens de controle, é crucial que a sociedade como um todo se mobilize para enfrentar esse desafio.
A erradicação não é apenas uma meta de saúde pública, mas uma responsabilidade compartilhada para garantir um futuro mais saudável e seguro!
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