O exame da malária é feito para diagnosticar uma doença que é um grande problema de saúde pública no Brasil e no mundo.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2020 foram estimados 241 milhões de casos de malária em 85 países do mundo. No ano de 2020, a malária matou cerca de 627 mil pessoas, 12% a mais se comparado com 2019.
No Brasil, cerca de 99% da transmissão dessa doença se concentra na região da Amazônia, nos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Em 2005, foram registrados quase 600 mil casos nesta região. Mesmo assim, surtos esporádicos ocorrem na região extra-amazônica, o que torna uma grande preocupação, pois pode contaminar áreas, que até então, eram de baixa contaminação.
Sendo assim, em 2003 foi instituído o Programa Nacional de Prevenção e Controle da Malária (PNCM), de responsabilidade da Secretaria de Vigilância em Saúde e do Ministério da Saúde do Brasil. Desde o lançamento do Programa, vem sendo trabalhado para reduzir a mortalidade por malária, redução de casos graves, redução de incidência da doença, interrupção da transmissão e eliminação da doença.
Mas não pense que a Malária ficará somente por lá. Ainda de acordo com a OMS, a doença afeta 300 milhões de pessoas no mundo todo a cada ano e é fatal para cerca de 1,5 milhões de pessoas.
Mas do que se trata essa doença? Quais os principais sintomas e tratamento? Nesse artigo vamos saber um pouco mais sobre a Malária e os exames que são feitos para detectá-la. Confira.
O que é a malária?
A malária é uma doença transmitida pelas fêmeas do mosquito Anopheles. Quando as pessoas são picadas por um mosquito infectado, ele passa por um parasita chamado Plasmodium, para a circulação sanguínea da pessoa, que se acumula no fígado. Após um período de incubação, que vai de 7 a 30 dias, milhares de parasitas são liberados na circulação humana e penetram nas hemácias, continuando a proliferação. Depois de 2 ou 3 dias, as hemácias infectadas se rompem e começam os sintomas da doença.
Mas atenção! Existem pessoas assintomáticas e ficam sem os sintomas por meses após a infecção, por exemplo. Os sintomas vão aparecer quando os parasitas, que estão parados no fígado, voltam para a circulação.
Qualquer tipo de malária pode ser grave ou fatal, mas as mais violentas são aquelas transmitidas pelo parasita Plasmodium falciparum.
Tipos de Malária
No Brasil, existem três espécies associadas a seres humanos. São as Plasmodium:
– vivax;
– falciparum;
– malariae;
Quais os principais sintomas da malária?
As pessoas infectadas pela malária costumam ter sintomas bem parecidos com gripe e, ocorrem, quando os parasitas saem do fígado para a corrente sanguínea. Entre os principais sintomas, estão:
– Mal-estar;
– Febre;
– Calafrios;
– Dores de cabeça;
– Dores musculares;
– Náuseas;
– Vômitos;
– Diarreia;
– Calafrios;
– Taquicardia;
– Aumento do baço;
Em casos mais graves da doença é possível que seja afetado o cérebro, que é responsável por 80% dos casos fatais da doença. Nesse caso, o paciente pode sentir:
– rigidez na nuca;
– perturbações mentais;
– desorientação;
– sonolência;
– convulsões;
– vômitos;
– dores de cabeça;
Exame de malária
Os exames clínicos não são suficientes para ter o diagnóstico da doença, é preciso testes laboratoriais. Entre os exames de malária estão:
1 – Pesquisa de parasitas no sangue – os parasitas são encontrados através de lâminas de sangue, em gotas espessas ou esfregaços. O número varia de acordo com o ciclo. Se o exame der negativo, é recomendado que se repita a cada 8 a 12 horas, durante dois a quatro dias. Uma dica é fazer o exame quando começar a febre.
2 – Teste rápido – existem alguns testes rápidos onde o sangue é colocado em cima de tiras reagentes. A obtenção do resultado será feita através da mudança de cor na tira. Esses testes são capazes de detectar todos os tipos de malária, mas não conseguem distinguir uma da outra. Se positivo, é importante fazer a pesquisa de parasitas no sangue, para avaliar a quantidade de parasitas.
3 – PCR – Reação em Cadeia de polimerase – com esse exame é possível detectar o DNA das espécies de plasmódios, por ser mais sensível que a microscopia e a pesquisa de antígenos.
4 – Pesquisa de anticorpos – são testes sorológicos que medem anticorpos no sangue, que são produzidos em respostas à infecção. Os resultados demoram um pouco para sair, por isso esse tipo de exame não é usado para o diagnóstico da doença e sim, para avaliações epidemiológicas de infecções existentes anteriormente.
5 – Testes de sensibilidade – alguns plasmódios resistem a medicação contra a malária, por isso, o exame é feito para avaliar a sensibilidade das cepas específicas.
Tratamento para malária
O tratamento para a malária é feito com antimaláricos, que são medicamentos que combatem todas as espécies de plasmodium.
Atualmente os médicos estão receitando substâncias como a mefloquina, a artemísia, a quinina e a cloroquina. Mas lembre-se, não tome nenhum medicamento antes de consultar seu médico.
As infecções causadas pelo plasmodium falciparum é considerado uma emergência e requer uma hospitalização e medicamentos de ações rápidas aplicados diretamente na veia, além de monitoração dos órgãos vitais.
O tempo de tratamento vai depender do caso de cada paciente.
Como se prevenir da malária?
Ainda não existe uma vacina que previna a infecção da malária. Por isso, a melhor coisa a fazer para prevenir-se de contrair a doença é evitar a picada do mosquito. O uso do repelente é eficaz, principalmente em regiões endêmicas.
Se você for viajar para locais onde pode ter mais risco, uma boa dica é conversar com um médico especialista em viagem para que ele possa receitar um tratamento preventivo anti maláricos.
Se você viajou para regiões onde é comum o mosquito Anopheles e está sentindo qualquer tipo de sintoma já citado anteriormente, procure um médico o mais rápido possível para que ele possa solicitar o exame da malária. Assim como em todas as doenças, um diagnóstico precoce, pode evitar complicações da doença e sofrimentos maiores.
Como acabar com a malária?
Como falamos no início desse artigo, a malária é um problema de saúde pública, mas metas de eliminação já foram criadas pelo PNCM e vêm sendo aplicadas.
O Plano traz quatro fases e as seguintes metas:
1 – diminuir para 68 mil casos de malária por ano até 2025;
2 – eliminar a transmissão pelo p. falciparum e ter menos de 14 mil casos nativos até 2030;
3 – eliminar completamente a doença até 2035.
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