A rotina de crianças com diabetes é cheia de desafios, elas precisam medir a glicemia e aplicar a insulina constantemente. Nas escolas isso se torna ainda mais complicado.
Segundo a Federação Internacional de Diabetes, há em média 13 milhões de diabéticos no Brasil, sendo 1 milhão de crianças.
Muitas vezes, as crianças mantêm os níveis de glicemia altos pela falta de estrutura das escolas e pelos pais não poderem verificar. E, neste ambiente, a alimentação, a ingestão de água e exercícios físicos influenciam os níveis.
Altas taxas de glicose podem levar a problemas no coração, artérias, olhos, rins e nervos. E, em caso mais graves, até à morte.
Por isso, separamos algumas instruções para os pais de uma criança portadora de diabetes infantil e também para educadores saberem como adaptar o dia a dia para uma melhor qualidade de vida dos alunos. Confira!
Criança diabética na escola
Antes de tudo, é importante avisar previamente a escola sobre as particularidades e complicações da diabetes da criança. Além de informar como atuar em caso de emergência.
Convencer uma criança a levar alimento de casa às vezes não é um trabalho fácil. Neste caso, o papel da escola é fazer o trabalho da inclusão do aluno para ele não se sinta diferente pela doença.
Caso a escola possua flexibilidade em oferecer alimentação adequada para a criança, os pais deverão informar à instituição a dieta prescrita pelo nutricionista.
Caso a instituição não tenha essa possibilidade, alimentos diversificados e saudáveis fazem parte da dieta para uma criança diabética. É desejável que os pais saibam o cardápio da semana para se adaptarem.
O aluno também deve ter a liberdade de ir ao banheiro, comer algo e tomar água na hora que sentir necessidade. Assim os sintomas da diabetes podem ser amenizados.
O que fazer em caso de crise
Hipoglicemia
A hipoglicemia (queda de açúcar no sangue) acontece quando a criança come de menos ou toma mais insulina que o normal. Sendo comum durante ou após as atividades físicas.
Para confirmar é necessário realizar o exame de glicemia capilar pelo Teste da Ponta do Dedo. Se não tiver como, alguns sintomas são: suor frio, tremor, fraqueza, tontura, sonolência, irritabilidade, dor de cabeça ou qualquer outra alteração de comportamento.
Nesta hora é necessário ter um kit de hipoglicemia para poder oferecer um copo de água com uma colher de sopa de açúcar, um copo de refrigerante normal, dois sachês de mel, suco de fruta de caixinha não dietético ou cinco balas moles.
Os resultados aparecem geralmente em 15 minutos. Se não funcionar, o procedimento deverá ser repetido.
Se a criança desmaiar é necessário providenciar um transporte para o serviço de saúde e não oferecer líquidos ou alimentos sólidos enquanto espera. É recomendado passar açúcar ou mel na gengiva e mucosa da boca da criança.
Hiperglicemia
A hiperglicemia é a elevação de açúcar no sangue. Isso pode ocorrer caso a criança coma mais que o habitual ou aplique menos insulina.
Os sintomas consistem em sede intensa, aumento de diurese, desidratação, fadiga fácil e respiração acelerada. Mas só é possível identificar pelo exame de glicemia capilar.
Na presença dos sintomas, é necessário entrar em contato com a família, pois deverá ser administrada a insulina e a escola só poderá aplicar caso haja uma preparação prévia, orientação da família ou do médico. Enquanto isso, deverá oferecer água com frequência.
Na piora do estado da criança, ela deverá ser encaminhada para um hospital.
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