O mês de Fevereiro é dedicado ao alerta sobre leucemia – doença maligna dos glóbulos brancos que afeta a medula óssea.
E também, com o alerta, o incentivo à doação de medula óssea, capaz de substituir a medula de pacientes com doenças como essa e outras 80.
A medula óssea é um tecido líquido-gelatinoso que se encontra no interior dos ossos. Dentro dela são produzidos os elementos do sangue: hemácias (glóbulos vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos) e plaquetas.
As hemácias têm a função de transportar oxigênio, os leucócitos defendem o organismo contra invasores e as plaquetas são responsáveis pela coagulação do sangue.
Porém, por causa de doenças ou tratamentos quimioterápicos e/ou radioterapia, a medula óssea pode entrar em falência, sendo incapaz de produzir as células essenciais do sangue.
Aí entra o papel do doador de medula óssea para ajudar quem precisa do transplante para poder se recuperar. Infelizmente, não são muitas pessoas que procuram doar a medula óssea, seja por medo ou desinformação.
Saiba como funciona o processo para ser doador e o que acontece caso você seja compatível.
Quem pode doar?
Qualquer pessoa que tenha entre 18 e 55 anos com boa saúde, sem doenças infecciosas ou incapacitantes.
Como posso doar?
É só se dirigir ao hemocentro mais próximo com um documento com foto em mãos e dizer que deseja doar medula óssea. O doador preencherá uma ficha com seus dados e assinará um documento de consentimento.
Em seguida, será retirada uma amostra de sangue de 5mL para fazer o exame de histocompatibilidade (HLA) para identificar as características genéticas do doador.
Os dados serão enviados ao Redome (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea) onde serão cruzadas as informações de doadores com os dados de pessoas que precisam desse transplante.
Como funciona a compatibilidade?
O doador só vai ser chamado se houver a compatibilidade. No Brasil, a chance de encontrar um doador compatível é uma em cem mil, por isso é importante que mais pessoas entrem no cadastro.
As informações de contato, como endereço e telefone, devem estar sempre atualizadas caso seja identificada a compatibilidade.
Se for encontrada essa compatibilidade, o doador deverá passar por mais exames para confirmar e mais uma consulta será feita para confirmar que o doador tem interesse em prosseguir com a doação.
Como é o transplante para o doador?
Há dois métodos. O primeiro, o doador faz o uso de medicamentos por 5 dias para aumentar a quantidade de células tronco no sangue. A coleta é feita pela veia sem necessidade de anestesia. Em 15 dias, a medula óssea se recupera sozinha.
O segundo método é feito em centro cirúrgico e anestesia (peridural ou geral) com internação de 24 horas. A medula óssea será retirada da bacia do doador por meio de punções e dura até 90 minutos.
O doador, neste segundo método, poderá sentir desconforto leve a moderado nos primeiros dias, que pode ser tratado com analgésicos simples.
Agora que você sabe como o procedimento é simples e pode ajudar pessoas a se curarem de doenças graves, procure um hemocentro e realize a doação!
